Thor, o filhote de Labrador que Micah me dera de natal, corria loucamente pelo jardim da mansão do meu avô, tentando abocanhar um passarinho. Eu estava sentada no gramado rindo da diversão dele e Micah estava deitado com a cabeça apoiada em minha barriga, alheio as constantes trombadas que Thor dava nas árvores. Ele agora estava grande, embora ainda fosse um filhote de 8 meses. Estava tão grande e estabanado que quando entrava furtivamente dentro de casa arrastava tudo que estava em seu caminho.
‘Gosto de Diego’ Micah falou distraído e desviei a atenção de Thor, que agora rolava na grama ‘É um nome legal, não acha?’
‘Merlin, você já está pensando em nomes?’ Eu ri ‘Micah, mal entrei no quarto mês, sequer sabemos se é menino ou menina’
‘E daí? Nada impede que já tenhamos nomes em mente. E logo dará para saber’
‘É, tudo bem, tem razão... E Diego é legal, mas já temos um na família. Quer outro? E se for tão endiabrado quanto o original?’
‘Pensando por esse lado... E Eduardo?’
‘Por que está escolhendo nomes latinos?’ Achei graça.
‘Porque sei que prefere esses, e gosto deles’
‘Certo. Eduardo é bonito, mas está pensando apenas em nomes de meninos? E se for uma menina?’
‘Que nome quer se for uma menina?’
‘Eva’ Respondi de imediato e Micah riu.
‘Está rindo de mim, mas também andou pensando, não é?’ Revirou os olhos e ele sentou ao meu lado ‘Imaginei que fosse escolher esse nome’
‘Se ela estivesse aqui estaria dizendo que ia adorar ver a cara de surpresa das pessoas ao descobrirem que ela já era avó “tão nova assim”. Ia adorar isso’ Falei imitando o jeito de falar da minha mãe e não pude deixar de rir ao perceber que minha voz soou exatamente igual à dela.
‘Se for uma menina, vai se chamar Eva então. E como sei que ela vai ser tão linda quanto à mãe, vai combinar com o nome’ Micah me abraçou e caímos deitados na grama, nos beijando.
‘Merlin, por favor, vocês não vão fazer outro filho, não é?’ A voz de Dario nos trouxe de volta a realidade e sentamos na grama sem graças.
‘Não, um só está ótimo’ Respondi ainda um pouco corada.
‘Ótimo. Tia Madalena está chamando para o lanche, e antes que diga que não está com fome, ela mandou dizer que não quer saber e que você vai lanchar com os outros, pois agora precisa se alimentar por dois’
‘Sua tia tem razão, vamos’ Micah ficou de pé e estendeu a mão para me ajudar.
‘Minha tia quer é me deixar gorda’ Resmunguei caminhando de mãos dadas com Micah e ao lado do meu primo de volta para a mansão ‘Aqui, Thor, vem garoto’
‘Esse estado é inevitável, prima’ Dario riu abaixando para pegar a coleira no pescoço de Thor, que tentou pulou em seu colo ‘Mas não liga, daqui a 5 meses passa’
‘Vou ficar horrível gorda’ Resmunguei outra vez.
‘Você pode inchar ou encolher, que pra mim vai continuar linda’
‘E se eu encolher e ficar com 20 cm?’
‘Então eu carrego você no meu bolso’ Micah respondeu beijando minha bochecha e eu ri, enquanto Dario revirava os olhos e ria também.
O mês de Julho estava passando com rapidez e Agosto estava batendo a porta. Micah agora morava comigo na casa de meu avô enquanto seu treinamento na Academia de Aurores não começava. Ele havia se transferido para a academia de Nova York depois que recebi a carta de admissão para a Escola Juilliard, assim não teríamos que ficar longe um do outro e ele poderia me ajudar muito mais durante os meses que ainda restavam até o nascimento do nosso bebê. Estávamos na cidade com Vivi, Tessa e Nikki por uma semana, pois eu ainda tinha uma audição em Juilliard que seria apenas de praxe e aproveitaríamos para começar a preparar as coisas, assim como também fazer algumas compras.
Já no 4º mês de gravidez e com minha barriga começando a ficar em evidencia, Vivi, Tessa e Nikki insistiam em começar a comprar coisas para o bebê e usaram a viagem à Nova York como a desculpa perfeita para não se desperdiçar uma oportunidade daquela, como Tessa repetia incansavelmente. As coisas de Juilliard e Academia de Aurores foram resolvidas num piscar de olhos e tudo que via na minha frente depois disso eram coisas de bebê. Broadway? Acho que nem passei perto dela.
‘Evie, quero lhe pedir uma coisa’ Vivi falou subitamente, enquanto atirava algumas roupas de bebê em um carrinho já abarrotado ‘E já vou lhe avisando que não aceito não como resposta’
‘Então não vai me pedir nada, vai exigir’ Brinquei e ela riu, mas em tom sério.
‘É, de certa forma’ Ela me encarou com o ar mais maternal que poderia assumir ‘Quero que venha morar comigo depois que o bebê nascer’ Ameacei interromper e ela ergueu a mão, me impedindo ‘Não adianta dizer que terão tudo sob controle, pois não terão. Posso ajudar bem mais do que imagina e você não será mais obrigada a dormir no alojamento de Juilliard no próximo semestre, então não tem desculpa’
‘Vivi, planejávamos resolver isso sozinhos’ Tentei recusar a oferta, embora fosse mesmo ser a melhor opção. Micah e eu éramos os únicos responsáveis por isso, a vida de mais ninguém deveria sofrer alterações em sua rotina ‘Não queremos atrapalhar ninguém’
‘Não vai atrapalhar e não estou propondo que vivam debaixo do meu teto eternamente, apenas nos primeiros meses. Até que possam se sustentar sozinhos e cuidar de um bebê sem esquecê-lo dentro de um cesto de roupa suja’ Fiz uma careta e ela riu ‘Horrível, eu sei, mas acontece’
‘Posso ao menos pensar?’ Perguntei me sentindo encurralada ‘Pelo menos conversar com Micah antes?’
‘Claro que pode’ Ela sorriu e atirou outro punhado de roupas no carrinho ‘Mas já sabe que vão ter que se mudar’
Revirei os olhos para ela, mas acabei rindo. Vivi era persistente e sabia que não haveria argumentos no mundo capaz de fazê-la mudar de idéia. Sabia também que não podia recorrer a Nikki e Tessa, pois tinha absoluta certeza que elas estavam juntas nisso. Terminamos as compras, demasiada exageradas, conversando sobre outras coisas sem voltar ao assunto. Quando saímos da loja, Micah, Nikki e Tessa já nos esperavam do lado de fora da loja, parecendo exaustos. Eles haviam percorrido toda a 5th Avenue completando uma lista de exigências de amigos e parentes.
‘Podemos ir para o hotel?’ Micah perguntou em tom suplicante quando me viu ‘Descansar um pouco antes de sair pra jantar, acho que não vou agüentar emendar’
‘Pretende se formar como auror com essa disposição, Micah?’ Tessa o provocou.
‘Prefiro enfrentar 100 dementadores a fazer compras, e ainda por cima pros outros!’ Ele fez uma careta de tédio e rimos.
‘Sim, vamos pro hotel, também não agüento emendar com o jantar’ Ele pegou minhas sacolas e segurou a minha mão.
O hotel não era longe e voltamos a pé. Combinamos de nos encontrarmos na recepção às 20h e cada um foi para o seu quarto. A cama enorme e confortável do quarto era tão convidativa que me atirei de costas nela assim que me livrei dos sapatos, abraçando os travesseiros macios. Devo ter adormecido, pois quando senti Micah se apoiando com cuidado em cima de mim, ele estava de banho tomado e muito cheiroso. Seus cabelos ainda molhados deixaram uma marca na minha blusa e ele usava apenas o roupão do hotel. Minhas mãos automaticamente seguraram sua nuca enquanto o beijava sem querer interromper e ele me prendeu contra o colchão. Acho que não estava tão cansada assim...
((Continua...))
‘Gosto de Diego’ Micah falou distraído e desviei a atenção de Thor, que agora rolava na grama ‘É um nome legal, não acha?’
‘Merlin, você já está pensando em nomes?’ Eu ri ‘Micah, mal entrei no quarto mês, sequer sabemos se é menino ou menina’
‘E daí? Nada impede que já tenhamos nomes em mente. E logo dará para saber’
‘É, tudo bem, tem razão... E Diego é legal, mas já temos um na família. Quer outro? E se for tão endiabrado quanto o original?’
‘Pensando por esse lado... E Eduardo?’
‘Por que está escolhendo nomes latinos?’ Achei graça.
‘Porque sei que prefere esses, e gosto deles’
‘Certo. Eduardo é bonito, mas está pensando apenas em nomes de meninos? E se for uma menina?’
‘Que nome quer se for uma menina?’
‘Eva’ Respondi de imediato e Micah riu.
‘Está rindo de mim, mas também andou pensando, não é?’ Revirou os olhos e ele sentou ao meu lado ‘Imaginei que fosse escolher esse nome’
‘Se ela estivesse aqui estaria dizendo que ia adorar ver a cara de surpresa das pessoas ao descobrirem que ela já era avó “tão nova assim”. Ia adorar isso’ Falei imitando o jeito de falar da minha mãe e não pude deixar de rir ao perceber que minha voz soou exatamente igual à dela.
‘Se for uma menina, vai se chamar Eva então. E como sei que ela vai ser tão linda quanto à mãe, vai combinar com o nome’ Micah me abraçou e caímos deitados na grama, nos beijando.
‘Merlin, por favor, vocês não vão fazer outro filho, não é?’ A voz de Dario nos trouxe de volta a realidade e sentamos na grama sem graças.
‘Não, um só está ótimo’ Respondi ainda um pouco corada.
‘Ótimo. Tia Madalena está chamando para o lanche, e antes que diga que não está com fome, ela mandou dizer que não quer saber e que você vai lanchar com os outros, pois agora precisa se alimentar por dois’
‘Sua tia tem razão, vamos’ Micah ficou de pé e estendeu a mão para me ajudar.
‘Minha tia quer é me deixar gorda’ Resmunguei caminhando de mãos dadas com Micah e ao lado do meu primo de volta para a mansão ‘Aqui, Thor, vem garoto’
‘Esse estado é inevitável, prima’ Dario riu abaixando para pegar a coleira no pescoço de Thor, que tentou pulou em seu colo ‘Mas não liga, daqui a 5 meses passa’
‘Vou ficar horrível gorda’ Resmunguei outra vez.
‘Você pode inchar ou encolher, que pra mim vai continuar linda’
‘E se eu encolher e ficar com 20 cm?’
‘Então eu carrego você no meu bolso’ Micah respondeu beijando minha bochecha e eu ri, enquanto Dario revirava os olhos e ria também.
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O mês de Julho estava passando com rapidez e Agosto estava batendo a porta. Micah agora morava comigo na casa de meu avô enquanto seu treinamento na Academia de Aurores não começava. Ele havia se transferido para a academia de Nova York depois que recebi a carta de admissão para a Escola Juilliard, assim não teríamos que ficar longe um do outro e ele poderia me ajudar muito mais durante os meses que ainda restavam até o nascimento do nosso bebê. Estávamos na cidade com Vivi, Tessa e Nikki por uma semana, pois eu ainda tinha uma audição em Juilliard que seria apenas de praxe e aproveitaríamos para começar a preparar as coisas, assim como também fazer algumas compras.
Já no 4º mês de gravidez e com minha barriga começando a ficar em evidencia, Vivi, Tessa e Nikki insistiam em começar a comprar coisas para o bebê e usaram a viagem à Nova York como a desculpa perfeita para não se desperdiçar uma oportunidade daquela, como Tessa repetia incansavelmente. As coisas de Juilliard e Academia de Aurores foram resolvidas num piscar de olhos e tudo que via na minha frente depois disso eram coisas de bebê. Broadway? Acho que nem passei perto dela.
‘Evie, quero lhe pedir uma coisa’ Vivi falou subitamente, enquanto atirava algumas roupas de bebê em um carrinho já abarrotado ‘E já vou lhe avisando que não aceito não como resposta’
‘Então não vai me pedir nada, vai exigir’ Brinquei e ela riu, mas em tom sério.
‘É, de certa forma’ Ela me encarou com o ar mais maternal que poderia assumir ‘Quero que venha morar comigo depois que o bebê nascer’ Ameacei interromper e ela ergueu a mão, me impedindo ‘Não adianta dizer que terão tudo sob controle, pois não terão. Posso ajudar bem mais do que imagina e você não será mais obrigada a dormir no alojamento de Juilliard no próximo semestre, então não tem desculpa’
‘Vivi, planejávamos resolver isso sozinhos’ Tentei recusar a oferta, embora fosse mesmo ser a melhor opção. Micah e eu éramos os únicos responsáveis por isso, a vida de mais ninguém deveria sofrer alterações em sua rotina ‘Não queremos atrapalhar ninguém’
‘Não vai atrapalhar e não estou propondo que vivam debaixo do meu teto eternamente, apenas nos primeiros meses. Até que possam se sustentar sozinhos e cuidar de um bebê sem esquecê-lo dentro de um cesto de roupa suja’ Fiz uma careta e ela riu ‘Horrível, eu sei, mas acontece’
‘Posso ao menos pensar?’ Perguntei me sentindo encurralada ‘Pelo menos conversar com Micah antes?’
‘Claro que pode’ Ela sorriu e atirou outro punhado de roupas no carrinho ‘Mas já sabe que vão ter que se mudar’
Revirei os olhos para ela, mas acabei rindo. Vivi era persistente e sabia que não haveria argumentos no mundo capaz de fazê-la mudar de idéia. Sabia também que não podia recorrer a Nikki e Tessa, pois tinha absoluta certeza que elas estavam juntas nisso. Terminamos as compras, demasiada exageradas, conversando sobre outras coisas sem voltar ao assunto. Quando saímos da loja, Micah, Nikki e Tessa já nos esperavam do lado de fora da loja, parecendo exaustos. Eles haviam percorrido toda a 5th Avenue completando uma lista de exigências de amigos e parentes.
‘Podemos ir para o hotel?’ Micah perguntou em tom suplicante quando me viu ‘Descansar um pouco antes de sair pra jantar, acho que não vou agüentar emendar’
‘Pretende se formar como auror com essa disposição, Micah?’ Tessa o provocou.
‘Prefiro enfrentar 100 dementadores a fazer compras, e ainda por cima pros outros!’ Ele fez uma careta de tédio e rimos.
‘Sim, vamos pro hotel, também não agüento emendar com o jantar’ Ele pegou minhas sacolas e segurou a minha mão.
O hotel não era longe e voltamos a pé. Combinamos de nos encontrarmos na recepção às 20h e cada um foi para o seu quarto. A cama enorme e confortável do quarto era tão convidativa que me atirei de costas nela assim que me livrei dos sapatos, abraçando os travesseiros macios. Devo ter adormecido, pois quando senti Micah se apoiando com cuidado em cima de mim, ele estava de banho tomado e muito cheiroso. Seus cabelos ainda molhados deixaram uma marca na minha blusa e ele usava apenas o roupão do hotel. Minhas mãos automaticamente seguraram sua nuca enquanto o beijava sem querer interromper e ele me prendeu contra o colchão. Acho que não estava tão cansada assim...
((Continua...))